quarta-feira, 2 de abril de 2008

Investigar em Educação

Investigar Em Educação não é o mesmo que investigar Sobre Educação. Segundo R. N. Bush (citado por Landshere, 1986), para que haja uma verdadeira Política de Investigação Em Educação, é necessário que se reuna uma série de condições, nomeadamente:
- Que todo o fenómeno educativo se abra à investigação, o oficial e todas as outras modalidades de formação (inicial ou contínua).
- Que exista uma massa crítica de investigadores qualificados.
- Que as equipas sejam interdisciplinares, o que exige um investimento prévio devidamente planificado(por exemplo: uma política de meios para a criação de tais equipas). Sentar à mesma mesa um sociólogo, um estatístico, um antropólogo, um psicólogo, um pediatra e um investigador em educação não é tarefa que se improvise.
- Conhecimento qualitativo da realidade educativa.
- Comunicação contínua entre os centros de investigação e o terreno educativo, acabando com a dualidade investigação/ensino, o divórcio entre a investigação fundamental e a aplicada (apesar de não se poder negar que é a primeira que empurra a segunda), a «ritualização da produção científica» e a «marginalização de outros saberes» (Ana Benavente, 1992), porque «uma descoberta só é validada e ajustada no decurso de acções efectivas», através de «uma relação crítica entre investigadores e formadores» (140).
- Visibilidade - para ser credível, o trabalho do investigador tem que ser visto, tal como o uso dos recursos concedidos. Investir em educação é também investir em investigação.